quinta-feira, 18 de julho de 2013

As Vinhas da Ira, de John Steinbeck

Ficha do livro:
Título: As Vinhas da Ira
Autor: John Steinbeck
Título original: The Grapes of Wrath
Ano de publicação: 1939















SINOPSE
        As Vinhas da Ira começa com a saída de Tom Joad da prisão McAlester, em Oklahoma, onde ele, após quatro anos preso por homicídio, recebera a liberdade condicional. Uma das primeiras coisas que Tom quis fazer ao sair da cadeia foi reencontrar sua família e, portanto, tomou caminho para o sítio de seus familiares, meeiros de uma fazenda de algodão. Lá chegando, entretanto, descobre que todos os meeiros haviam sido despejados da terra, pois agora o cultivo era feito com tratores, que necessitavam de apenas um trabalhador e eram, portanto, mais baratos para os donos da terra.
           Tom encontra, então, sua grande família prestes a viajar para o oeste, para a Califórnia, com pouquíssimo dinheiro, um caminhão quase quebrado e muitas dificuldades, assim como milhares de outras famílias de todo os Estados Unidos. É aí que tem início o êxodo da família Joad, em busca da terra onde, dizia-se, havia muito trabalho e fartura. Este êxodo, entretanto, será cheio de dificuldades, perdas e desilusões, mas, ao mesmo tempo, ele será palco de um grande crescimento para toda a família, principalmente para Tom.

OPINIÃO




         As Vinhas da Ira é considerada a obra-prima de John Steinbeck e não é por acaso. Neste livro muito bem escrito, o autor denuncia a péssima qualidade de vida dos trabalhadores americanos pobres, durante a Grande Depressão de 1929 e os anos 1930, mostrando como estes eram enganados por seus patrões e viviam em condições terríveis. Sim, se trata de uma ficção, mas a história dos Joad poderia facilmente ser verídica. Nos Estados Unidos, o livro chegou a ser proibido em algumas cidades, por mostrar uma perspectiva terrível, mas, no entanto, verídica.
          No livro, Steinbeck ainda defende sua tese de que apenas trabalhando-se em conjunto pode-se prosperar e é durante a história que os Joad aprendem isso. No começo de seu êxodo muito egoístas, a cena final do livro comprova seu crescimento e entendimento da necessidade de ajudar uns aos outros: nela, Rose de Sharon, uma mulher da família Joad que acabara de dar a luz a um bebê que, antes de nascer, já estava morto, amamenta um homem desconhecido que estava morrendo de fome.
            


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Juan Rulfo - biografia

JUAN RULFO
     Juan Rulfo nasceu em 16 de maio de 1917, em Apulco, no México, mas foi registrado na cidade de Sayula. Viveu em um pequeno povoado chamado San Gabriel, mas as mortes de seu pai, em 1923 e de sua mãe, em 1927, fizeram com que ele tivesse que se mudar para um orfanato na cidade de Guadalara, capital do estado de Jalisco. 
     Ficou no orfanato até 1932 e, depois disso, frequentou um seminário em Jalisco e mudou-se para a Cidade do México, onde pretendia se matricular na universidade. Não conseguindo fazê-lo, se inscreveu como ouvinte no curso de História da Arte e também no de Filosofia. Durante as décadas de 1930 e 1940, trabalhou em vários lugares do México, viajando muito por todo o seu país. Se casou em 1948 com Clara Aparicio, com quem teve 4 filhos.
      A partir de 1945 começa a publicar contos em revistas, mas é somente em 1953 que publica seu primeiro livro: El llano em llamas (O chão em chamas), um livro de contos. Seu único romance é publicado dois anos depois e é intitulado Pedro Páramo. Esses dois são os únicos livros escritos por Juan Rulfo durante sua vida. Depois disso, trabalhou no instituto nacional indígena mexicano, além de escrever roteiros para cinema e de ser muito admirado por outros grandes escritores, como Carlos Fuentes e Gabriel García Márquez.
       Recebeu vários prêmios por sua breve, mas grandiosa obra. Entre esses prêmios, estão o príncipe de Astúrias, em 1983, na Espanha, e o prêmio nacional de literatura, em 1970, no México. Morreu de câncer no dia 7 de janeiro de 1986, na Cidade do México.

Pedro Páramo, de Juan Rulfo

Ficha do Livro:
Título: Pedro Páramo
Autor: Juan Rulfo
Título original: Pedro Páramo
Ano de publicação: 1955















SINOPSE
      A mãe de Juan Preciado, como último desejo antes de morrer, pedira ao filho que fosse a misteriosa cidade de Comala encontrar seu pai, Pedro Páramo. Juan não tem como recusar o pedido e, logo que sua mãe morre faz a longa viagem à sua cidade natal. Lá chegando, conhece diversos personagens estranhos e misteriosos, assim como começa a ouvir murmúrios de pessoas que não estão em lugar nenhum.
    Em um determinado momento, por meio destes murmúrios de pessoas inexistentes, Juan começa a ouvir a conturbada história de seu pai, Pedro Páramo. Nesta história, conhece-se a sempre amada por Pedro, Susana San Juan, mulher louca pela dor causada pela morte de seu primeiro marido, e muitos outros personagens que viveram com Pedro Páramo.

OPINIÃO




     Pedro Páramo não é um livro fácil de ser lido. A partir da metade da narrativa, há duas histórias sendo contadas ao mesmo tempo, a de Juan Preciado, que segue uma estrutura linear e é em primeira pessoa, e a de Pedro Páramo, que não não possui  tempo tão demarcado e é em terceira pessoa. É por esse motivo que o único romance escrito por Juan Rulfo durante sua vida deve ser lido com muita atenção e concentração, porque, se não, pode-se perder informações importantes, como o fato de Juan Preciado estar morto desde de o começo da narrativa e estar contado sua história para Dorotea, sua companheira de cova. É importante, inclusive, como o próprio Rulfo dizia, reler Pedro Páramo para entendê-lo bem.
        Apesar dessa dificuldade de leitura, Pedro Páramo possibilita uma leitura ótima e muito interessante, de um livro escrito por um dos grandes autores latino-americanos.



domingo, 14 de julho de 2013

Vidas Secas, de Graciliano Ramos



Ficha do livro:

Título: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos
Ano de publicação: 1938

















SINOPSE
         Vidas Secas retrata a vida de uma família pobre do sertão nordestino, formada por Fabiano, o pai, sinhá Vitória, a mãe, os dois filhos e Baleia, a cachorra, além do papagaio, que é morto para saciar a fome do grupo. A narrativa retrata a vida desta família, que tem  que sair de seu lar por causa da seca diversas vezes.
        Fabiano é um homem bruto, como ele mesmo se designa, que não frequentara a escola e, por isso, não sabia ler ou escrever e admirava os homens que tinham o "dom da palavra", dom esse que ele próprio não tinha. A vida deste homem é duríssima: ele é roubado por seu patrão e pelo dono da venda, é maltratado pelo soldado amarelo, que o irrita após um jogo de apostas e tem de tomar difíceis decisões, como matar ou não a cachorra Baleia, que estava muito doente. Entretanto, ainda assim, é muito admirado por seu filho mais novo, cuida muito de sua família e até demonstra compaixão pelo soldado amarelo.

OPINIÃO





      A cada capítulo de Vidas Secas, o narrador conta a história de uma perspectiva diferente; ora sabe-se o que Fabiano está pensando, em outros momentos os pensamentos de Baleia, a cachorra, confundem-se com as partes do narrador, ou até conhece-se a visão do filho mais velho. Nunca no romance o narrador impõe a sua perspectiva, dizendo a sua visão dos fatos: o ponto de vista é sempre o de algum personagem. Os capítulos, também, não seguem uma estrutura linear, de modo que é possível lê-los em qualquer ordem. As únicas exceções são os capítulos iniciais e finais, 'Mudança' e 'Fuga', que devem ser lidos nessa ordem, já que apresentam uma ideia de um ciclo: em ambos, a família nordestina sai de onde está em busca de uma vida melhor. Este ciclo é interessantíssimo: com ele, Graciliano mostra como é a vida das famílias de retirantes, na qual, quando tudo parece bem, é necessário ir novamente em busca de um lugar melhor por causa da seca.   
         Além desse ponto, pode-se dizer que Vidas Secas não possui uma época demarcada: o problema das secas era uma realidade do passado, assim como é no presente e será no futuro. Por esse motivo, a história miserável de Fabiano poderia ocorrer no passado ou no futuro e é, portanto, uma leitura ótima sempre, um livro fantástico e imperdível.

1984, de George Orwell

Ficha do livro:
Título: 1984
Título Original: 1984
Ano de publicação: 1949
                 
SINOPSE
          1984 narra um futuro no qual existem três grandes países: Oceania, Eurásia e Lestásia, que estão sempre em guerra entre si. Winston Smith vive em um destes países: Oceania. Sua vida, assim como de qualquer outro membro da sociedade, é constantemente monitorada por aparelhos televisores chamados teletelas, capazes de emitir sons e imagens, como uma TV qualquer, mas também de captar sons e imagens. Há teletelas em todos os lugares da cidade: em casa, no trabalho e até nos banheiros e, para piorar, elas nunca podem ser desligadas. É por isso que nenhum cidadão pode mostrar descontentamento com o partido, comandado pelo Grande Irmão, já que este está sempre vigiando. Qualquer fisionomia infeliz pode ser suficiente para fazer com que a pessoa seja vaporizada, ou seja, desapareça para sempre, capturada pelo partido.
          É nesse ambiente bastante opressor que Wiston vive. Mas parece que todos se contentam com suas vidas e, inclusive amam o partido e o Grande Irmão. Em Oceania, se desencorajava o casamento por amor, e o casamento teria apenas um propósito: o nascimento de novos membros para o partido. Mas Wiston não concordava com o partido e é por isso que, quando conhece Júlia, uma garota cujas ideias se assemelhavam as dele, passa a amá-la e a fazer amor com ela. Os dois chegam até a ingressar na Fraternidade, uma organização contrária ao governo do Grande Irmão e a ler parte do Livro, que explicava o porque daquela organização de mundo. Entretanto, os dois logo são capturados e separados pelo Partido. Será que o Partido e o Grande Irmão conseguirão penetrar na mente de Wiston e fazê-lo, ao invés de odiá-los, passar a amá-los?

OPINIÃO 
       
       Em 1984, assim como em A Revolução dos Bichos, George Orwell produz uma grande sátira política. Desta vez, ela está relacionado à ditadura Stálinista, ocorrida na Rússia durante o século XX, e também a qualquer regime totalitário e opressivo. Entretanto, o livro é bastante atual, principalmente por causa das discussões sobre espionagem do governo estadounidense para sua população, que vieram à tona no ano de 2013. Em diversos momentos deste livro muito bem escrito, o leitor se questiona se o que está lendo é mesmo ficção, ou um relato da realidade atual (com alguns exageros, é claro). 

domingo, 7 de julho de 2013

Harry Potter e a Ordem da Fênix, de J K Rowling

Ficha do livro:
Título: Harry Potter e a Ordem da Fênix
Autor: J K Rowling
Título original: Harry Potter and the Order of the Phoenix
Ano de publicação: 2003














SINOPSE
      As férias de verão de Harry Potter estavam piores do que nunca: seus amigos bruxos, Rony e Hermione, pareciam ter esquecido da existência de Harry e, para piorar, um ataque de dementadores, criaturas mágicas perigosíssimas, obriga Harry a usar magia para se defender. Entretanto, um bruxo com menos de 17 anos não poderia usar magia fora de sua escola de magia e, por causa de seu delito, Harry é mandado para um julgamento no Ministério da Magia. Após a audiência, Harry é levado para a casa de seu padrinho, Sirius Black, a qual serve de quartel general para uma organização muito misteriosa: a Ordem da Fênix, cujo papel  era enfrentar as forças do bruxo das trevas Lord Voldemort.
        Quando as férias terminam e Harry volta para Hogwarts, a escola de magia e bruxaria que ele frequentava desde os 11 anos, Harry percebe diversas mudanças na escola: pela primeira vez, o ministério da magia interferia em Hogwarts, e a professora de defesa contra as artes das trevas, Dolores Umbridge, era membro do Ministério. Não havia mais aulas práticas, apenas teóricas. "Mas como poderemos enfrentar o lord das trevas sem  ter praticado os feitiços?", Harry se perguntava. É assim que Harry funda uma organização secreta e proibida de treinamento de feitiços, chamada armada de Dumbledore.
          Mas como a armada conseguirá treinar sob o olhar vigilante de Umbridge e seus comparsas? E um grupo de alunos será suficiente para enfrentar Lord Voldemort numa batalha dentro do próprio ministério da magia, que guarda uma profecia de suma importância para Voldemort? Profecia essa que revelará muitos segredos sobre o passado de Harry, e sua relação com o próprio Voldemort...

OPINIÃO
    Assim como os outros volumes da saga Harry Potter, Harry Potter e a Ordem da Fênix possibilita uma leitura rápida e que prende o leitor. Há uma mescla de momentos cômicos e outros tensos, repletos de suspense. Muito legal.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

O Ladrão de Raios, de Rick Riordan

Ficha do livro: 

Título: O Ladrão de Raios 
Autor: Rick Riordan 
Título Original: The Lightning Thief 
Ano de Publicação: 2005 












SINOPSE 

       Percy Jackson era mais um garoto de Nova York que tinha problemas mentais como dislexia e déficit de atenção. Um dia, em um passeio escolar, Percy é atacado por sua professora de álgebra que transforma-se em uma estranha criatura pedindo por um raio para o garoto e dizendo que iria matá-lo. O menino não sabia o que fazer até seu professor de latim chegar com uma caneta que se transforma em uma espada e dá-la a Percy para destruir sua "professora-monstro", que transforma-se em pó. Depois do combate estranhamente ninguém se lembra da professora destruída e, inclusive, uma nova professora já havia aparecido gerando confusão na cabeça deste.
      Com o fim do semestre e o começo do verão, Percy volta para sua casa com sua mãe e seu padrasto Gabe, um homem rude, para passar seu verão, quando seu amigo Grover, um garoto que andava de muletas, fala para a mãe de Percy que este deveria ir embora. Então eles entram no carro e no caminho são atacados pelo Minotauro na estrada. Eles conseguem chegar à um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue onde somente Percy e Grover podem entrar, mas a mãe de Percy é morta. 
    Nesse acampamento, Percy descobre que seu amigo é um sátiro (meio bode meio homem), que seu professor de latim é na verdade Quíron, o lendário centauro responsável por treinar heróis como Hércules e Aquiles, e também que ele é filho de Poseidon, o deus dos mares na mitologia grega e que estava em um acampamento para filhos de deuses com humanos, semideuses. Lá também conhece Annabeth, uma menina filha de Atena que, junto com Grover, se tornaria sua companheira de aventuras. 
    Dado um tempo após a chegada, Percy descobre que Hades, deus do submundo, está com sua mãe e que a devolverá se Percy lhe der o raio que é o raio mestre de Zeus, deus dos trovões e principal deus do panteão grego. Percy, sem ter o raio, vai barganhar com Hades sem a permissão de Quíron junto com Grover e Annabeth. Assim os três viverão aventuras tentando chegar ao submundo e descobrindo quem roubou o raio. 

OPINIÃO 



         O primeiro livro da saga Percy Jackson e os Olimpianos trás uma boa mistura de bom humor e aventura colocados em ótimos momentos por Riordan. Me lembro de ter começado a ler o livro nove horas da noite e só tê-lo largado às cinco da manhã, com ele acabado. Boa e fácil leitura, que prende o leitor.